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Ciência e a produção do conhecimento

  • Foto do escritor: zenildosantos
    zenildosantos
  • 7 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de dez. de 2021


Na tentativa de dar explicações sobre fenômenos ou situações do nosso cotidiano ou mesmo de questões que envolva muita polemica, a ciência, a religião e representantes de correntes filosóficas competem entre si na busca de oferecer melhor retrato da realidade e do mundo.

A ciência, por si só, tem uma imagem idealizada de que se ocupa da verdade e sua base se sustenta em provar que uma teoria científica só se mantém quando demonstrada experimentalmente. Por ser idealizada, sabemos que a natureza do conhecimento científico não é tão homogênea. Sempre haverá estudos que podem confirmar ou refutar o que já foi postulado.

Por não ter uma verdade unívoca, até que se prove o contrário, o fazer científico passará por provas, contraprova e nesse processo, algumas afirmações poderão ser divergentes, pois a ciência segue métodos, formula hipóteses as quais serão testadas para que sejam validadas e sejam consideradas modelos teóricos aceitos no meio científico.

Nesse contexto de ida e vinda da produção do conhecimento científico, muita gente, em busca de uma resposta imediatista, acaba por não acreditar nos feitos científicos. dados apresentados na coluna do Dr. Drauzio Varela, no portal UOL, enuncia que apenas 13% dos brasileiros confiam muito na produção científica. A comparação desse índice com outros países como a Bélgica com 42%, Austrália com 33%, Alemanha com 25%, Canadá com 28% e França com 21% que apresentam taxas muito mais altas de confiança na ciência, percebe-se o descrédito dos brasileiros.

Moraes (2001, p.1) aponta que “contexto de ceticismo epistemológico e de relativismo ontológico que hoje nos cerca compromete acentuadamente a capacidade de as ciências superarem suas próprias antinomias tanto no plano explanatório como no do enfrentamento prático de seus problemas.

Na escola apreendemos que devemos acreditar na ciência por causa do método científico. Quando um cientista desenvolve hipóteses, ele deduz as consequências dessas hipóteses, e depois anuncia se as consequências são verdadeiras, como podemos observá-las ocorrendo no mundo natural. Comprovada a hipótese afirmam que verdadeiras.

A teoria desenvolvida por Einstein, a da relatividade, uma de suas consequências foi que o espaço-tempo não era apenas um vazio absoluto, era um tecido que se dobrava sob o peso de objetos gigantescos como o Sol. Para as pessoas da época acreditar que essa teoria fosse verdadeira, significava que acreditariam que a luz, ao passar pelo Sol, na verdade, deveria se dobrar ao redor dele. Essa foi uma previsão surpreendente e, somente depois de alguns anos, os cientistas puderam testá-la, mas fizeram o teste em 1919, e eis que a teoria se provou verdadeira.


Nossa confiança na ciência deve se basear em evidências, sabemos que para isso será necessário ampla abertura de comunicação entre os produtores de ciências e a grande parcela da população. É preciso cada vez mais que as descobertas e resultados de pesquisas sejam de fáceis acesso, para que se tenha conhecimento do processo. Os pesquisadores precisam nos explicar não apenas o que sabem, mas como o sabem, e isso significa, por outro lado, que temos que nos tornar melhores ouvintes.


Referências

MORAES, M. C. Recuo da teoria: dilemas na pesquisa em educação. Revista Portuguesa de

Educação, v.14, n.1, p.7-25, 2001.


VARELA, Mariana. Um terço dos brasileiros desconfia da ciência | Coluna. Disponível em https://drauziovarella.uol.com.br/coluna-2/um-terco-dos-brasileiros-desconfia-da-ciencia-coluna/

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